Vi, na semana passada, "O homem urso", documentário do Herzog. Me lembrei deste poema.
As mágicas luzes da ribalta
Um urso de vestido branco e véu rendado corre pela beirada do picadeiro
com uma das patas dada a um urso que veste fraque e gravata
não é um casamento
os dois se mantêm cambaleantes sobre as patas traseiras
e usam cada um uma focinheira que não os deixa abrir a boca
talvez alguém na platéia solte uma gargalhada
sem que eles saibam por quê
enquanto seguem correndo ao som da fanfarra
os olhos de um e do outro perdidos
Quem preparou este número
teve sucesso, sem dúvida:
são agora figuras humanas
não por causa da gravata
tampouco pelo vestido
6 Comments:
(sobre animais, e sem "busão" e "futsal") :-)
(:
...
(mais, como naquela peça)
gosto muito
eu também.
(falta)
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