24 de janeiro de 1953. Sábado de manhã, e me dedico ao velho exercício de apanhar o tempo entre os dedos, conforme ele passa, sempre passa e foge. (...) Tenho me dedicado à leitura dos versos vigorosos e densos de Gerard Manley Hopkins novamente: "Como manter - há um modo qualquer, qualquer um, haveria um meio, nos lugares desconhecidos, algum laço ou broche ou trança ou nó, grampo, trinco ou tranca ou chave para conter/ a beleza, para impedi-la, beleza, beleza, beleza... de desvanecer?". Sim, obcecada, como sempre, com o esvair do tempo!
(Sylvia Plath)
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